O papel dos intelectuais revisionistas na onda parlamentarista actual

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A generalização do discurso reformista, especialmente entre os intelectuais ditos marxistas e de esquerda, tem muito a ver com a incapacidade de ver a centralidade das classes nos processos políticos. Como é o caso da incapacidade de ver que o carácter pequeno-burguês das chamadas frentes populares hegemonizadas por partidos sociais-democratas (particularmente depois da segunda guerra mundial) determinou os fiascos de diversas tentativas de as ressuscitar depois de elas esgotarem o seu prazo de validade combatendo o nazismo, especificamente na Europa. Falo da via pacífica chilena por exemplo. A generalidade dos intelectuais desta vaga reformista (e pseudo-comunista revisionista) actual escondem a sua incapacidade de seguir e subordinar-se à luta da classe operária – que é a única classe que pode liderar a revolução proletária – através dos frentismos, que servem para mascarar a conciliação de classes. Em teoria as teses gramscianas, dimitrovistas e outras adaptadas ao reformismo moderno colocam operários e pequeno-burgueses como pares na direcção do movimento de massas (o que já de si é anti-marxista e anti-leninista) mas na prática dão sempre a liderança à pequeno-burguesia ao deslocar o centro da luta das empresas (dos meios de produção) para os parlamentos (os meios de gestão burguesa).

Eduardo

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